Diante do impasse na votação da medida provisória do reajuste dos benefícios previdenciários acima do salário mínimo, o clima promete esquentar hoje na Câmara dos Deputados. Pressionado pelos aposentados e sem apoio de parte da base aliada, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), vai tentar, até o último minuto, fechar um acordo em torno de um aumento de 7%.
Deputados e senadores, no entanto, já deixaram claro que defendem correção de 7,71%, e representantes de aposentados e centrais sindicais preparam uma grande mobilização em Brasília. Os aposentados pretendem pressionar os parlamentares para que a elevação de 7,71%, já acordada entre Câmara e Senado, seja aprovada.
A Força Sindical pretende realizar uma manifestação a partir das 10h, na Câmara. O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas, João Batista Inocentini, deve levar ao plenário da Casa cerca de 300 aposentados para acompanhar a votação prevista para começar às 16h30min. E a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil deve levar um grupo de dirigentes para conversar com os deputados a fim de impedir novo adiamento.
- Queremos que haja votação - diz Joilson Cardoso, secretário de política sindical da entidade.
- Se a base quiser uma vitória, deve aprovar os 7%. Se quiser 7,7%, vai derrotar o governo. E essa será uma sinalização do que fará o presidente Lula - afirmou Vaccarezza, sugerindo que haverá veto presidencial para o reajuste de 7,7%.
Segundo Vaccarezza, se não houver acordo com a base aliada do governo em torno de um aumento de 7%, ele manterá o texto original da medida que prevê a correção de 6,14%. Na semana passada, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo iria insistir no reajuste de 6,14%, valor que está sendo praticado desde janeiro.
Economia
Líder do governo tentará acordo na Câmara para fechar reajuste de aposentados em 7%
Aposentados pretendem pressionar parlamentares para que a elevação seja de 7,71%
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