A imagem do computador como um aparelho cheio de fios preso a uma mesa está ficando no passado. Com o avanço da tecnologia e a redução nos preços, os dispositivos móveis tendem a se tornar comuns no ambiente doméstico.
O futuro é a mobilidade, certo. Mas aí vem o dilema: entre laptops, netbooks, tablets e até smartphones, qual tipo de computador portátil comprar? Para tentar diminuir dúvidas, ZH Digital resume as principais características dessas quatro classes de portáteis e aponta o perfil de usuário mais adequado a cada uma.
Smartphones
Os celulares inteligentes atuais têm a mesma capacidade processamento de um computador convencional de cinco ou seis anos atrás. O nicho desses aparelhos é bem definido: usuários que não abrem mão de ler e-mails ou navegar na internet a qualquer momento ou lugar. Embora ainda não substituam os computadores tradicionais, podem se tornar o micro portátil para acessar a web. O principal diferencial desses dispositivos são os softwares que permitem a execução de funções específicas (os chamados aplicativos).
Pontos fortes: mobilidade total e grande variedade de aplicativos para alguns modelos.
Pontos fracos: tela e teclados pequenos, o que dificulta a leitura e digitação de textos longos.
Netbooks
Menores (tela de 9 a 12 polegadas) e mais leves (de 1 a 1 ,5 quilo) do que os laptops, os netbooks são adequados para quem viaja muito ou precisa levar o micro para reuniões de trabalho ou aulas. A alta mobilidade se reflete em menor capacidade de processamento. Sem drive para DVD, são indicados apenas para navegação na internet e tarefas simples como digitação e leitura de textos. Opte por modelos com, pelo menos, 1 GB de RAM, 160 GB de HD e várias portas USB. Mesmo assim, dificilmente o netbook pode ser o único computador do usuário.
Pontos fortes: alta mobilidade e preço reduzido.
Pontos fracos: baixa capacidade de processamento e tela pequena.
Tablets
É a categoria mais nebulosa entre os portáteis. Embora não seja novidade - a Apple, por exemplo, lançou o Newton em 1993 -, os tablets nunca se firmaram entre os usuários domésticos. Com iPad, que deve ser lançado nos EUA em abril, a Apple faz uma nova tentativa, buscando preencher uma lacuna entre os smartphones e os netbooks. Na nova geração de tablets, uma característica comum é a tela sensível ao toque e o tamanho reduzido. Similares a uma prancheta, esses dispositivos devem disputar mercado com os leitores de livros eletrônicos (e-readers).
Pontos fortes: tamanho reduzido, tela colorida e capacidade de rodar games, vídeos e músicas.
Pontos fracos: dificuldade para digitar textos longos e uma tela não tão boa para leitura quanto a dos e-readers.
Laptops
Vai longe o tempo em que o laptop era apenas um segundo computador. Hoje, os chamados micros portáteis dão conta de praticamente todas as necessidades dos usuários domésticos. Apenas tarefas muito específicas, como manipulação de imagens ou games muito pesados, podem ter restrição por exigir alta capacidade de processamento ou frequente atualização de componentes. Nos laptops, o upgrade é mais restrito ao HD e à memória RAM. Por isso, evite comprar uma máquina com configuração muito simples, que pode ficar defasada logo. O recomendável é, no mínimo, processador de dois núcleos, 2 GB de memória RAM, gravador de DVD e um HD de 250 GB a 320 GB.
Pontos fortes: mobilidade e capacidade de processamento equivalente à dos desktops. Pode ser o único computador do usuário doméstico.
Pontos fracos: upgrade limitado, preço ainda alto. Para quem faz questão de muita mobilidade, o tamanho e o peso já podem parecer incômodos.
Fontes: professores Celso Poderoso, coordenador dos cursos superiores da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), Farlei Heinen, coordenador do curso de Engenharia da Computação da Unisinos, e Raul Weber, professor de arquitetura de computadores do Instituto de Informática da UFRGS
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