Furungando dia desses em uma caixa de guardados antigos, atrás de alguma velharia qualquer, pois que sou um guardador de memorabília pessoal, especialmente papeis, deparei com uma lista compilada por mim no início da década de 1990, na qual eu elencava o patrimônio adquirido por meio do meu trabalho jornalístico nos primeiros anos de atividade profissional. Constavam ali o televisor 21 polegadas (sensação da época, mesmo que ainda trouxesse o tubo acoplado às costas), o refrigerador com freezer anexo em porta individual (uau!), o aparelho de videocassete (as idas e vindas à locadora de fitas para disputar os melhores títulos no final de semana e devolver a pilha com a metade não assistida na segunda-feira integravam o ritual de tarefas perenes), o Chevette branco 1990 ainda em prestações após a entrega do antigo Chevette 1982 como entrada (a título de informação: Chevettes eram veículos automotores bastante populares naquela era, e cumpriam a função de deslocar seus proprietários de um lugar ao outro, da mesma forma como os automóveis atuais) e... uma enciclopédia!
Opinião
Marcos Kirst: o apagadouro da memória
Mas onde terá ido parar todo aquele patrimônio, tanto o físico quanto o intangível, que não consta nas listas?
Marcos Kirst
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