Ninguém nega que comer é uma atividade vital para a existência humana. Envelopado em aspectos culturais e hedonistas, o ato de alimentar-se extrapola a esfera do impulso vital instintivo e alcança, entre as gentes, o status de prazer, de requinte, de deleite, de satisfação dos sentidos. Mais do que cimentar o estômago com alimentos, ir à mesa representa a ressignificação de um ritual em que a arte da gastronomia age a serviço da comunhão com amigos, com familiares e, muitas vezes, consigo mesmo. Assim, nos transformamos em gourmets, em chefs, em sommeliers (profissionais ou amadores, de diploma ou de araque) e cultivamos nossas visões pessoais a respeito do que significa “boa mesa”. Come-se, mas de boca e olhos bem abertos.
Opinião
Marcos Kirst: Sem consenso no cardápio
Só uma coisa é pacífica: no inverno, café preto tem de vir com um pingo de graspa, que é para não encarangar
Marcos Kirst
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