Há coisas que deveriam ser proibidas. Já que agora estamos vivendo na era do “não pode”, também tenho cá minhas reivindicações cerceadoras e proibitivas a apresentar à sociedade, pensando sempre, claro, no meu próprio bem estar e tendo como régua geral a medida de meu próprio umbigo, a decretar o que é bom e o que é ruim, o certo e o errado, e ai de quem discorde de mim. Pois então, vamos lá. Primeira coisa a proibir (ainda não sei se em esfera municipal, estadual, federal ou interplanetária): a prática de vizinhas fazerem bolo cheiroso de manhã cedo, infestando os corredores do prédio e os nossos lares com um aroma sedutor proveniente de uma guloseima cujo usufruto está desde já cerceado ao nosso deleite, uma vez que não sabemos exatamente de onde vem e não temos relações previamente estabelecidas com a dita cozinheira, que nos habilitariam a batermos à sua porta com olhar pidão e implorarmos por um naco.
Opinião
Marcos Kirst: é proibido embolar
Suas narinas são repentinamente surpreendidas por um aroma de bolo de chocolate
Marcos Kirst
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