A música talvez seja o elemento mais importante do filme polonês Guerra Fria, que estreia na Sala de Cinema Ulysses Geremia nesta semana. Não se trata de um musical, mas a narrativa criada pelo cineasta Pawel Pawlikowski conduz as atenções do espectador como se o colocasse dentro de um álbum completo, que canta o amor em diferentes faixas. Há desde o lamento gritado a capela até o swing do jazz a brilhar esperança por dias melhores. E se você escutasse esse álbum sem as imagens, certamente iria imaginar exatamente o que Guerra Fria mostra. A escolha pelo preto e branco e por uma fotografia cheia de sensibilidade – que dividiu com o espanhol Roma o favoritismo nessa categoria do Oscar – são justamente o que os olhos buscam para combinar com a trilha. Mas e se o encantamento com áudio e vídeo que o longa proporciona não forem o bastante para arrebatar quem está do outro lado da telona? Tudo bem, porque no meio disso há ainda uma dolorida e bela história de amor.
Cinema
Caxias recebe estreia do filme "Guerra Fria", representante da Polônia no Oscar
Direção é de Pawel Pawlikowski
Siliane Vieira
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