Quando eu nasci, meio século atrás, na distante e pequena Ijuí, interior do Rio Grande do Sul, os tempos eram outros, inimagináveis para gerações já surgidas na era das redes sociais e do fantástico Google. Não havia computadores, não havia internet, nem telefones celulares. "Rede social" era um fenômeno que acontecia sempre que pessoas em carne e osso se reuniam em família ou entre amigos em torno de um objetivo humano comum como conversar, jogar cartas, jantar, dançar, fazer um churrasco, conviver olho no olho, com as almas presentes junto aos corpos físicos e não distanciadas em mergulhos autocentrados pelas barafundas viciantes (algumas delas imbecilizantes) dos meandros proporcionados por aparelhinhos que nos dias de hoje disputam o lugar de gente de verdade, criando gerações de zumbis.
Leia mais
Gilmar Marcílio: histórias edificantes
Nivaldo Pereira: áreis no verbo ariano
Tríssia Ordovás Sartori: para onde vamos
Opinião
Marcos Kirst: zumbis ali, zumbis aqui...
Não é à toa o sucesso de seriados protagonizados por mortos-vivos cambaleantes
Marcos Kirst
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: