Advirto que nesta estória qualquer semelhança é mera coincidência: Eram uma vez dois garotinhos, amiguinhos e arteiros, cujos sentimentos de amor e ódio oscilavam antípodas, de um polo a outro, diametralmente opostos. Dois precoces extremos e futuros extremistas. Amavam-se e odiavam-se. Juntos brincavam com fogo. Sempre, querendo superar o outro. Ao se desentenderem, nas travessuras infantis, estragavam suas mochilas, riscando cadernos e rasgando livros. Nas escolinhas maternais só cobiçavam levar vantagens. Nenhum queria ficar em segundo. Vice nem pensar. Não foi diferente nos colégios. Sabidinhos e sabichões, determinados e movidos por toques obsessivos-compulsivos achavam que apenas as suas opiniões é que valiam. Oito ou oitenta.
Opinião
Francisco Michielin: inimigos íntimos
"Onde se demonstra que quanto mais agitado e confuso melhor"
Francisco Michielin
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