Seriam zumbis circulando por espaços públicos, empunhando pequenas engenhocas, apontando para o esmo? Mas há Danúbio Azul, aquela valsinha tão recorrente dos balés clássicos como trilha sonora. Então a cena da coreografia Lacuna, que a Cia. Municipal de Dança de Caxias estreia hoje, às 20h, no Teatro Pedro Parenti investe no sentido que seu criador pretende dar.
– Percebo que existe um espaço que as pessoas precisam construir. Não precisamos estar o tempo inteiro lá, nem o tempo inteiro cá – diz Peter Lavratti, coreógrafo do trabalho.
Os dois contextos da mesma questão aludem à vida contemporânea e seu totem cotidiano, o celular. Ele é o ícone de uma relação nem tão bem resolvida do ser humano e as novas tecnologias. Comunicação e diálogos vazios, vácuos de sentidos entre o ser e a máquina circunstanciam os contextos da dança levada à cena.
Mundo digital
Cia. Municipal de Dança estreia nova coreografia nesta quarta-feira
"Lacuna", no Teatro Pedro Parenti, fala sobre o mundo e seus celulares
Carlinhos Santos
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