O lado "meio cigano" do aquarelista Antonio Giacomin, radicado em Caxias do Sul, vai ser exercitado a partir do próximo dia 23, quando ele embarca para 40 dias de muita atividade em solo europeu, sempre como artista convidado. A programação inclui encontros internacionais de aquarelistas em duas cidades portuguesas, workshops, gravação de DVD em Portugal e Espanha, conversações para atividades futuras na Itália e, principalmente, muitos contatos.
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A primeira parada será em Palermo, na Itália, onde, por dois dias e meio, divulgará seu trabalho e travará conversações para um possível workshop em 2017.
– Vou ver os melhores períodos para isso, talvez primavera ou outono, pois lá se pinta muito ao ar livre – explica.
Ainda antes de julho finalizar, dia 29, ele desembarca em Santa Cruz, Portugal, para os dez dias de um encontro internacional de aquarelistas, reunindo artistas de uma dezena e meia de países. Para esse evento, no qual também ministrará um workshop, Giacomin foi convidado pelo colega português António Bártolo, que conheceu ano passado em uma programação semelhante (embora de dimensões menores) em Paraty.
O convite, na verdade, é duplo: além desse em Santa Cruz, um segundo encontro de aquarelistas ocorre de 12 a 22 de agosto, em Caldas da Rainha, outra cidade portuguesa.
Entre um e outro, a agenda de Giacomin está igualmente cheia, e ele se desdobrará entre Portugal e Espanha – as cidades exatas ainda não estão definidas – para ter seu trabalho documentado em um DVD pelo produtor espanhol Victor Fernandez Retuerto. A metodologia, explica, será semelhante à de seu primeiro DVD, filmado na Catalunha em 2008: escolhem-se diferentes lugares para Giacomin pintar e sua técnica vai sendo registrada. A ideia é fazer a gravação sem muito protocolos, mostrando "um Giacomin um pouco mais solto".
– Vejo uma preocupação muito grande (de Retuerto) com os artistas. A aquarela é muito forte na Europa – diz Giacomin, contando serem comuns, por lá, concursos e chamadas públicas para atividades envolvendo esse processo.
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Após a gravação e os dois encontros de aquarelistas, nova parada, dessa vez em Valência, Espanha, para ministrar um workshop de quatro dias. A viagem deve incluir, ainda, uma passagem por Lisboa, para tratativas com uma galeria local.
A volta, no final de agosto, será em clima de nostalgia:
– O Velho Mundo sempre é bom, a gente volta arejado, cheio de informações. É um privilégio estar nesse meio, trocar informações, ter acesso a materiais diferentes, que não existem por aqui... – enumera o artista, acrescentando que o mais importante ainda é a divulgação do nome lá fora e as novas oportunidades que os contatos com colegas de outros países oportunizam.
Além da turnê artística pelo Velho Mundo, Antonio Giacomin comemora outro feito: ele foi o único artista brasileiro a ter um trabalho classificado para a edição deste ano da Bienal do Canadá, que ocorre este mês em Vancouver.
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Maristela Scheuer Deves
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