Pioneiro: Qual foi o impacto a primeira vez que você ouviu Ramones?
Kid Vinil: Foi em 1978 quando comprei o LP de Rocket to Russia, achei tão bom que fui atrás do primeiro LP que não tinha saído aqui, era importado. A primeira música que ouvi deles foi Now I Wanna Sniff Some Glue que saiu na coletânea Revista Pop Apresenta o Punk Rock. Eu adorei logo de cara, era fácil de tocar, tanto que na minha primeira banda, o Verminose, incluímos Sheena Is a Punk Rocker no repertório.
O programa de rádio que você conduzia no início dos anos 1980 apresentou inúmeras bandas de punk rock para o público. Você lembra de ter tocado Ramones e de como o pessoal recebeu aquele som por aqui?
Lembro que na noite de Ano Novo de 1978 para 1979 toquei um especial do LP duplo ao vivo It's Alive. Tinha ouvintes que enlouqueciam com Ramones e sempre pediam pra tocar.
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O que torna o som dos Ramones tão atemporal?
A simplicidade, o peso, toda criatividade de seus discos. Foi uma banda que trabalhou com poucos acordes sem nenhuma virtuose e conseguiu compor músicas espetaculares. Esse seria o grande segredo, a simplicidade e, acima de tudo, a criatividade.
Você entrevistou Joey Ramone numa das passagens da banda pelo Brasil, qual foi tua impressão sobre ele?
Entrevistei Joey pros meus programas de TV e também pro rádio. Lembro que fizemos uma madrugada inteira na radio 89 FM com o Joey escolhendo e comentando os sons que ele tocava. Ele era um cara muito simpático, simplório e inteligentíssimo. Conhecia rock como ninguém, seu gosto musical ia dos anos 1950 até as coisas mais recentes naquela época.
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Siliane Vieira
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