Papel de fã é comprar disco, usar camiseta e tentar ir a muitos shows da banda preferida, certo? Para um grupo de amigos de Porto Alegre vai um pouco além disso. Eles são apaixonados pelo Kiss e ocupam os fins de semana revisitando a trajetória dos ídolos em palcos onde os "originais" provavelmente nunca pisarão. É o caso do Portal Bowling, onde o Parasite Kiss Cover se apresenta neste sábado (veja serviço abaixo).
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- É como se tivéssemos a obrigação, por tudo que recebemos da banda, de nunca deixar morrer o rock deles. Temos o papel de divulgar o Kiss, atingir um público que está em lugares onde eles possivelmente nunca vão estar - diz Felipe Piantá, contando que já aconteceu, inclusive, de a Parasite apresentar o som do Kiss para algumas pessoas que depois se tornaram fãs dos nova-iorquinos.
A história da Parasite começou depois de um show do Kiss de verdade em Buenos Aires. Primeiro, os fãs se preocuparam em comprar os instrumentos e aprender a tocar. Em 1997, com um pequeno repertório montado e o primeiro show marcado, surgiu aquela pressão para reproduzir os figurinos e maquiagens icônicos da banda. Piantá abocanhou o "papel" de Paul Stanley porque, entre outros atributos, tinha o peito cabeludo.
- Ficamos pensando em tocar só com camisetas do Kiss e minha mãe, que é costureira, disse "vamos fazer isso aí direito" - comenta ele, sobre a contribuição da mãe e da irmã, que ajudam a recriar as roupas da banda artesanalmente.
Os figurinos são tão bem cuidados que os caras já foram reconhecidos até pelos próprios membros oficiais do Kiss. O Paul Stanley gaúcho conta que encontrou a banda no ano passado, num show em Santa Catarina, e ouviu elogios do baterista Eric Singer:
- Ele olhou a nossa foto e disse "vocês criam as próprias roupas né? Está muito boa, é um diferencial das boas bandas tributo do Kiss".
As maquiagens também são feitas pelos próprios músicos - Piantá diz que as de Gene Simmons e Ace Frehley são as mais complicadas de desenhar. Antes de subir no palco, a preparação toda leva mais de uma hora, o que obriga a banda a viajar com uma equipe que ajuda na preparação do palco e outros detalhes da apresentação.
- Usando aquelas botas (de plataforma) não conseguimos fazer tudo (risos) - brinca o vocalista.
Piantá já esteve em sete apresentações do Kiss e, aos 37 anos, segue apaixonado pela "banda mais quente do mudo" que o arrebatou na adolescência. A fase preferida do vocalista e guitarrista é a inicial (anos 1970), mas ele também adora o jeito como Paul Stanley canta na era "sem maquiagem" e está viciado nos dois últimos discos do Kiss:
Sonic Boom (2009) e Monster (2012). O gosto do músico é tão abrangente quanto o próprio repertório da Parasite Kiss.
- Procuramos tocar as músicas que o Kiss costuma apresentar ao vivo. Em Caxias, sabemos que o pessoal gosta muito da fase anos 1980, então deve rolar - adianta ele.
:: O show está marcado para as 22h. Ingressos antecipados custam R$ 15, à venda na loja Virtual Music do Shopping Prataviera e na Hamburgueria Jaime Rocha. Na hora, R$ 20. O Portal Bowling fica ao lado do shopping MartCenter, em Caxias.
Rock
Banda Parasite Kiss Cover se apresenta em Caxias neste sábado
Show revisita trajetória da banda de Paul Stanley e Gene Simmons
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