Diferentes sotaques se cruzam embalados por música no festival Corearte, que começou domingo e segue até esta sexta com programação em Caxias, Nova Petrópolis e Gramado. Com uma história de quase uma década no berço original, Barcelona (Espanha), esta é a segunda vez que a iniciativa ganha um braço no Brasil, elegendo a Serra como parceira novamente.
- A primeira experiência foi ótima. Também decidimos manter aqui no sul por conta da proximidade dos países latinos que participam do Corearte - comenta Cris Gil, responsável pela produção geral do festival.
Este ano, três corais internacionais - um da Argentina, um do Uruguai e outro do Paraguai - participam da programação gratuita ao lado de outros oito grupos vocais do Rio Grande do Sul. Com espetáculos gratuitos, a integração com a comunidade local é um dos principais objetivos do Corearte.
- Um dos propósitos é ampliar e desmistificar o canto coral, já que muitas vezes o público acha que esse é um segmento muito fechado, ou muito careta (risos). Queremos mostrar que o canto coral tem muitas caras. No Corearte, a gente mostra um pouco de tudo, tem repertório popular, movimentação cênica. O coral do Paraguai, por exemplo, tem a participação de instrumentos e de dança - aponta a produtora.
Outro bom atrativo para quem conferir os espetáculos do Corearte é a possbilidade de conhecer um pouco dos ritmos de outros países, já que a liberdade de estilos no formato do festival permite tal diversidade.
- É a possibilidade de escutar outros tipos de música, conhecer sons que não são daqui - justifica Cris.
Mas é claro que não é só o público que ganha com a vinda do Corarte para cá. Os integrantes dos corais da região também se beneficiam com a integração com os colegas de outros países. Aliás, foi a partir dessa premissa que o Corearte veio para o Brasil pela primeira vez. O primeiro contato entre a Serra e o festival se deu em 2012, quando As Meninas Cantoras de Nova Petrópolis estiveram em Barcelona.
- Adoramos a proposta, que não é competitiva, agrega as pessoas. Deu liga - conta Cristiane Ferronato, regente e diretora artística das Meninas Cantoras.
O festival também proporciona a vinda de profissionais renomados da área do canto coral para oficinas destinadas aos participantes do Corearte. Este ano, estarão na Serra os maestros Josep Prats, da Espanha, e Pablo Trindade e Fernanda Nóvoa, de Porto Alegre. As aulas também proporcionam resultados que se somam na vocação agregativa do festival.
- O Coro do Moinho participou só das oficinas no ano passado e este ano terá uma apresentação no Corearte - exemplifica Cristiane Ferronato, também regente do grupo juvenil caxiense que canta nesta segunda na igreja de Lourdes.
PROGRAME-SE*
Coros
Corearte reúne 11 grupos vocais em cidades da Serra
Apresentações ocorrem em Caxias, Nova Petrópolis e Gramado
Siliane Vieira
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