Tragédia cantada de forma antológica por Mercedes Sosa na música Alfonsina y El Mar, a vida da poeta argentina Alfonsina Storni é referência para a peça Vestida de Mar, que será encenada nesta terça-feira, às 20h, na Sala de Teatro do Ordovás.
A montagem é da Cia. de Teatro Semente, de Brasília. Recortando trechos dos livros que ela publico e de seus versos, o diretor Ricardo César busca revelar a força e as ideias desta mulher que se antecipou às lutas feministas na Argentina do começo do século XX.
- Conta-se que, antes de ela cometer suicídio, se hospedou num hotel, escreveu seu último poema e mandou para um jornal. Assim que poema foi publicado, ela se jogou no mar - descreve César.
Voy a Dormir, o dito poema, pede e anuncia: "Deixe -me em paz". A decisão de encontrar o descanso derradeiro dava fim a uma vida de solidão, sofrimento, preconceito e dor. Aplacava sua luta contra o câncer, a tristeza do amor não correspondido do poeta Horácio Quiroga, que se suicada alguns meses antes, dentre outras agruras.
- Ela teve uma vida muito forte, era uma mulher que dava seu recado e falava com propriedade. A peça é atualíssima. A maioria das mulheres comenta que se vêem no espetáculo, já os homens falam que a peça é um tapa na cara - observa a atriz Gelly Saigg, que dá vida à personagem.
Artes Cênicas
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Espetáculo Vestida de Mar, de Brasília, será encenado nesta terça-feira às 20h na Sala de Teatro do Ordovás
Carlinhos Santos
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