O cenário deslumbrante da Igreja São Pelegrino espelha o não menos vigoroso programa que a Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul (Osucs) apresenta lá nesta quinta, às 21h, com entrada franca. Numa noite que não é de gala apenas porque não é essa a exigência do dress code, a formação executa dois temas inéditos e ainda celebra 13 anos de existência ao lado do Coro Sinfônico da Ospa.
A apresentação foca no período romântico francês, introduzindo obras de César Franck (1822-1890) e Charles Gounod (1818-1893). Do primeiro, a Osucs exibe o poema sinfônico Redenção, inédito no Estado.
- Nem a Ospa tocou... é muito bonito, tem uma influência de Wagner (Richard, compositor alemão, 1813-1883), mas com uma sonoridade bem romântica, uma música mais leve - diz o maestro da Osucs, Manfredo Schmiedt.
Nunca executada em Caxias, a Missa Solene de Santa Cecília, a ocupar a maior parte do programa - cerca de 40 minutos -, mostra a faceta de Gounod dedicada à música sacra. É uma peça poderosa, tocada com o auxílio de trombas, tubas e trombones, com excertos ora misteriosos, ora grandiosos.
- Gounod buscou a simplicidade, a clareza de escrita. Essa peça vai de dinâmicas pequenas a momentos de muita exaltação - comenta Schmiedt.
Nessa peça, a Osucs terá a companhia do Coro Sinfônico da Ospa - grupo também regido por Schmiedt -, com cerca de 70 vozes, além de três solistas escolhidos via concurso: a soprano Andiara Mombach, o tenor Maicon Cassânego e o barítono Carlos Eduardo Serapião Valério. E tudo com os afrescos divinos de Aldo Locatelli a potencializar os efeitos desta noite sacra.
Noite sacra
Osucs e Coro da Ospa se apresentam em Caxias nesta quinta
Concerto terá como palco a Igreja São Pelegrino
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