Kenshin Festival promete movimentar Farroupilha neste domingo

Para aqueles que não têm olhos puxados, mas que apreciam a cultura japonesa, neste domingo a bandeira do sol nascente estará estendida sobre Farroupilha. A partir das 10h, o Clube Santa Rita recebe uma horda de fãs de desenhos animados (animes) e histórias em quadrinhos japonesas (mangás), games e demais entusiastas da chamada "cultura pop" no 2º Kenshin Festival.

Os visitantes poderão passear por estandes comerciais, assistir shows de bandas que fazem cover de músicas japonesas e, é claro, participar de concursos e torneios, já tradicionais nesses eventos.

Nicolas Campos, 30 anos, é um dos idealizadores do encontro. A primeira edição, realizada em março do ano passado, reuniu cerca de 800 pessoas nos pavilhões do Parque Cinquentenário. Para a edição deste ano, a organização espera a presença de mais de 1,2 mil pessoas.

Os ingressos custam R$ 10 e dão direito a todas as atrações do evento. As bandas Onigattai e Ero Taichou, de Porto Alegre, levarão ao palco músicas badaladas no Japão. O grupo de dança K-Boom, de música coreana (K-Pop), fará sua estreia no festival. Fabio Lima, sucesso na YouTube com o canal Guitar Gamer, também fará um show. A estilista de Caxias do Sul Ana Maria Silva fará um desfile de moda japonesa, mostrando o que é tendência na Terra do Sol Nascente. Quem for ao festival, ainda pode participar de torneios videogame, cards e um dos mais badalados concursos dos eventos de cultura pop japonesa: cosplay.

Cosplays preparados:Paula assume a identidade de Gavião Arqueiro, de 'Os Vingadores'

Entre a maioria dos participantes desses eventos, quase não se vê olhos puxados. Mesmo não sendo descendentes, os brasileiros gostam de assumir, mesmo que temporariamente, uma identidade que os aproxime um pouco mais do universo oriental. É aí que surge o cosplay, abreviação das palavras em inglês costume e play, que significa vestir e interpretar.

O cosplayer, pessoa que faz/veste o cosplay, caracteriza-se como um personagem de seus desenhos, filmes, games ou séries preferidos. Na maioria das vezes, o praticante confecciona a roupa e os acessórios. Mas, além de vestir, tem de encarar a personalidade do personagem que escolheu.

Paula Panizzon Variani, 23 anos, licenciada em Educação Física, é adepta do cosplay desde 2008. Em seu currículo, coleciona 14 vestimentas e já desponta como uma das grandes cosplayers nas redes sociais. Além de se inspirar em animes, games e histórias em quadrinhos americanas (HQs), Paula vai além: não fica só nos looks femininos. Entre seus cosplays de destaque estão Draco Malfoy, da série Harry Potter, o Gavião Arqueiro, de Os Vingadores, e o Rei Joffrey Baratheon, de Game of Thrones.

- Cosplay, para mim, é um hobby. Os critérios que uso para fazer algum personagem é o quanto me identifico com ele. Por meio dele, fiz muitos amigos. Mesmo sendo diversão, deve ser feito com muita dedicação e, por isso, é preciso levar a sério. No Kenshin Festival, irei vestida de Alice no País das Maravilhas, versão da Disney, pois fui em apenas um evento com ele e fiquei com certa saudade de utilizar um cosplay feminino - ressalta. 　

Cultura pop japonesa
É um conjunto de mídias voltadas para todos os públicos. Essa cultura traz desde mangá e anime, até música e moda.