- O que tu tá fazendo com essa sapatão? Vem aqui que eu te mostro o que é homem de verdade.
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Esses são alguns dos comentário que a professora de educação infantil Lu*, 28 anos, costuma escutar nas ruas de Caxias do Sul. Ela e sua namorada, Rovi*, 26, contam que o preconceito na cidade ainda é muito forte. As duas moram juntas há quase dois anos. Pretendem casar e sair de Caxias. A ideia é procurar um lugar onde a aceitação seja maior.
- Podem falar que está mudando (o preconceito), mas não está. A gente quer ir embora também por causa disso. Um dia a gente foi numa boate em Caxias, estávamos de mãos dadas e veio um garçom dizer que não era para a gente fazer aquilo. Eu respondi que a gente não estava fazendo nada. Ele disse: nem façam, que aqui não é lugar pra isso - relata Rovi.
- Quando as pessoas percebem que a gente é um casal, o tratamento muda. Não conseguem olhar pra gente - completa Lu.
Mesmo com o preconceito evidente, a dupla não concorda com a Parada Livre de Caxias. Para elas, o evento é estereotipado e não ajuda a aproximar as pessoas.
- Eles mostram só um tipo de gay, e não é assim. Quem quer levar a família, se assusta. Mais choca do que aproxima - afirma Rovi.
Confira a entrevista completa no Almanaque deste final de semana.
*Os apelidos foram utilizados a pedido do casal, que prefere não se identificar completamente.
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