Uma das principais lutas e reivindicações de uma Parada Livre é contra a violência homofóbica. Quem diz que não existe mais preconceitos contra o grupo LGBTTT no Brasil ainda não olhou as estatísticas. Uma das ONGs mais antigas do país que defende os direitos dos gays, o Grupo Gay da Bahia, realiza um levantamento anual de crimes homofóbicos, o Relatório Anual de Assassinato de Homossexual.
>> 13ª Parada Livre de Caxias do Sul será neste domingo
De acordo com o documento referente a 2012, foram registrados 338 assassinatos de gays, lésbicas e travestis, o que significa um crime a cada 26 horas. O número representa um aumento de 27% em relação a 2011, quando foram registradas 266 mortes.
O atual presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, 42 anos, explica que a entidade realiza o estudo há 10 anos e ressalta a grande demanda de denúncias de violência feitas ao Disque 100, linha telefônica do Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.
- A homofobia é verdadeira no século 21. O preconceito ainda é muito forte na sociedade. Esse fato, associado à competição por trabalho, moradia, etc., é uma situação complicada - explica Cerqueira.
Alguns avanços já aconteceram a nível mundial. Hoje 14 países já reconhecem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na contrapartida, há outros 78 que consideram o homossexualismo crime. Em sete deles, a orientação sexual é passível até mesmo de pena de morte.
A 13ª Parada Livre de Caxias do Sul ocorre neste domingo. Confira a reportagem completa no Almanaque deste final de semana.
Homossexualismo
Brasil apresenta altos índices de violência contra grupo LGBTTT
Somente em 2012 foram registrados 338 assassinatos de gays, lésbicas e travestis no país
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