Rinocerontes dançam, acrobatas executam números de primorosa precisão corporal, a luz lembra a dos espetáculos do vanguardista Bob Wilson. Há ainda uma trupe de palhaços e uma tela gigante de 15mX9m, assinada por Salvador Dali. Este é o universo onírico do espetáculo La Verità, que estreia quarta-feira no Teatro do Sesi, em Porto Alegre, seguindo em cartaz até domingo.
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A montagem traz ao Brasil pela primeira vez a Companhia Vinzi Pasca, do diretor Daniele Finzi Pasca. Dirigindo uma trupe de 12 artistas de diferentes partes do mundo, segue a cartilha do novo circo, promovendo uma fusão entre acrobacias, teatro, dança e circo.
A pintura Tristão e Isolda, que foi pintada por Dali em 1944, para ser cenário do ballet Tristan Fou, apresentado no Metropolitan Opera de Nova York, estava desaparecida há décadas e reaparece agora para esta montagem. A turnê internacional estreou em janeiro no Canadá, e depois do Brasil, será vista em países europeus como França, Itália, Espanha e Suíça, e ainda na Ásia, Austrália e Estados Unidos.
- O surrealismo tem que ver com a linguagem da acrobacia, que tem a ver com coisas muito profundas. Há coisas estranhas nesse espetáculo que não se podem explicar. O surrealismo é essa coisa estranha, essa superposição de planos, de sonhos que se cruzam e se concatenam - explica o diretor, que dirigiu o espetáculo Corteo para o Cirque Du Soleil.
Novo circo
'La Verità' recria surrealismo em acrobacias
Espetáculo estreia quarta-feira no Teatro do Sesi, em Porto Alegre
Carlinhos Santos
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