O poeta Fabrício Carpinejar volta à sua terra natal, Caxias do Sul, para lançar o livro Ai meu Deus, Ai meu Jesus - Crônicas de Amor e Sexo (editora Bertrand Brasil, 256 páginas, R$ 29). Ele participa de um bate-papo no auditório da Feira do Livro, às 18h desta terça. A conversa será mediada pelo jornalista Fabiano Finco e tem entrada franca.
O livro traz crônicas que integram o universo da vida a dois. Mas, na entrevista que concedeu ao Pioneiro, o autor aproveitou ainda para falar sobre o novo perfil adotado pela mulher. Conforme ele, as moças têm sofrido com uma pressão desmesurada:
- A mulher não pode abdicar da profissão ou do sucesso em qualquer esfera, porque se sente fracassada. De alguma forma, ela está cedendo justamente naquilo que ela tinha de muito avançado, que é o entendimento das relações. É como se ter um relacionamento atrapalhasse sua felicidade, a mulher entende que é frágil amando, por isso está evitando cada vez mais casar, sair da casa dos pais cedo, preferindo relações mais esporádicas, mais provisórias.
O autor acredita que pode estar havendo uma inversão de papéis entre homens e mulheres. Mas conforme Carpinejar, pelo menos um sentimento tem sido comum a ambos os sexos. E esse não é um sentimento positivo.
- Nunca tivemos tanto medo, tanto o homem quanto a mulher, de se envolver com alguém. A gente não quer ser deprimente, a gente tem receio do que o outro pode fazer para a gente, não queremos nos arriscar, estamos acovardados. Na verdade, a gente pode passar uma vida inteira morno, mas é tão raro ter a chance de amar o amor verdadeiro que desperdiçar isso é um crime - opina.
Literatura
Carpinejar, atração desta terça em Caxias, fala sobre o novo perfil da mulher
Autor participa de bate-papo na Feira do Livro
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