Ângela Broilo já escreveu poesia, já escreveu contos, já trabalhou com publicidade e na área do direito, já foi professora. É agora, no entanto, que ela está se firmando no lugar que sempre quis ocupar: o de romancista. Após vencer, em 2010, o Concurso Anual Literário de Caxias com Hiperestesia, no último sábado ela viu o mesmo romance ser outra vez reconhecido, agora com o Prêmio Ages de livro do ano na categoria narrativa longa.
A escritora, que se diz feliz e surpresa com o novo troféu, gosta de escrever desde criança. Começou pela poesia, mas seu sonho sempre foi a prosa longa. Por isso, resolveu se afastar da poesia, deixá-la completamente de lado, para que ela não influenciasse no texto.
- Não queria fazer prosa poética - diz.
Agora, com um novo livro já engatilhado (uma história que classifica de "pesada", mas da qual não adianta ainda muitos detalhes, apenas que envolverá três gerações de uma família), ela já se sente mais madura para voltar a ler poesia.
- Eu vejo que é bom ler um pouco de poesia para "amaciar" a prosa, mas só agora, depois que "peguei o jeito" do romance - afirma.
Adepta da pesquisa para fundamentar a ficção, Ângela chegou a deixar de lado (ao menos por enquanto) o projeto de uma continuação para Hiperestesia, pois como a história se centraria nos índios, queria vivenciar um pouco da realidade deles numa aldeia, o que, descobriu, exigia vários trâmites burocráticos.
Por hora, pesquisa há quatro meses para o novo livro - aquele que envolve várias gerações. Quanto ao lançamento, não tem pressa: deve acontecer em dois anos, acredita. Isso porque para Ângela, mais do que prêmios ou publicações, é a escrita que conta:
- Escrevo por prazer.
Literatura
'Escrevo por prazer', diz vencedora do Prêmio Ages em narrativa longa
Ângela Broilo, premiada pelo romance 'Hiperestesia', sonhava desde criança em ser romancista
Maristela Scheuer Deves
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