O Parque dos Macaquinhos visto das alturas nos anos 1970

O parque em 1972, com a sequência de plátanos ainda jovens nas ruas Dr. Montaury e Dom Jose Barea, o antigo Pavilhão da Festa da Uva e o Parque do Sol em fase final de construçãoStudio Geremia / Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, divulgação

Dando sequência à coluna do final de semana, sobre a origem do túnel de plátanos que domina o entorno do Parque dos Macaquinhos, trazemos aqui duas imagens aéreas do início dos anos 1970, época em que as espécies das ruas Dr. Montaury e Dom Jose Barea recém haviam sido plantadas. Foi a partir da poda dos plátanos existentes no pátio do Colégio Nossa Senhora do Carmo – uma iniciativa do professor, engenheiro agrônomo e titular da Diretoria de Fomento Agrícola José Zugno (1924-2008).

Os registros destacam a construção do Edifício Parque do Sol, mas captam também boa parte do entorno, principalmente o antigo desenho do Parque Getúlio Vargas, com os dois lagos, e o Parque de Exposições da Festa da Uva (atual prefeitura), com seus pavilhões na lateral e mais ao fundo, onde hoje situa-se a Câmara de Vereadores.

Na imagem acima, do Studio Geremia, o prédio em uma imagem datada de 17 de dezembro de 1972, já na fase final, com seus quase 36 andares. Os plátanos, cujo plantio iniciou-se-se cerca de uma década antes, em 1960, aparecem lado a lado, antecipando o túnel verde que viria a se formar nos anos seguintes.

Abaixo, a sequência de plátanos ainda bastante jovens em 1970, mas já se destacando na paisagem das ruas Dr. Montaury e Dom Jose Barea; e o Parque do Sol pela metade. O registro é do fotógrafo Mauro De Blanco, que captou a crescente verticalização da cidade a partir do início dos anos 1960.

Caxias, 1970: o Parque dos Macaquinhos, a sequência de plátanos e o Parque do Sol pela metade Mauro De Blanco / Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, divulgação

O túnel verde no outono e no inverno

Demarcador do início e do fim das estações, o túnel de plátanos é poesia visual. Frondoso e exuberante na primavera e no verão, tapete de folhas secas no outono, tomado de neblina — e, por vezes, invisível — no inverno; sua beleza é eternizada em fotografias constantemente, conforme vemos na sequência abaixo.

As imagens são do fotógrafo Mario André Coelho de Souza e integram o acervo do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami.