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Caxias do Sul despediu-se esta semana de um dos mais conhecidos comerciantes da cidade, cuja trajetória profissional esteve diretamente atrelada a tradicional Casa Magnabosco e à evolução e modernização da área central. Falamos do senhor Girólamo Danillo Magnabosco, que faleceu na última segunda-feira, aos 95 anos, de falência múltipla de órgãos.
Seu Girólamo nasceu em 4 de março de 1923. Era o terceiro filho — e primeiro dos homens — do casal Raymundo Magnabosco e Flora Serafini, pais também de Dirceu, Zila, Otávio, Thereza Luiza, José Carlos, Ada, Nelly, Maria de Lourdes, Lucy, Flora (Lola) e Hélio Antonio. Conforme informações disponibilizadas pela família, seu Girólamo recebeu o nome do avô paterno, mas, como não gostava muito desse nome, adotou de forma informal o "Gerônimo", que acompanhou-o por toda a vida.
Em 1942, pouco após o surgimento do Aeroclube de Caxias do Sul, o jovem de 19 anos tirou o brevê, juntamente com amigos como Claudino Frigeri, Darwin Corsetti, Oscar Finger e Nicolau Sartori. Girólamo tinha o sonho de ser aviador, mas não passou nos testes realizados no Rio de Janeiro, em função de uma pequena deficiência visual.
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A loja
Em meados dos anos 1950, o empresário assumiu a direção da loja fundada pelo pai, falecido em 1959. Seu Girólamo, carinhosamente conhecido também por "Gero", manteve-se no cargo até os anos 1990, mesma época em que recebeu o Troféu Caxias (em 7 de junho de 1989) e o Troféu Mercador — homenagens da comunidade por sua atuação em uma das mais tradicionais casas do comércio local.
A missa de sétimo dia de falecimento de seu Girólamo ocorre neste domingo (29), às 19h, na Catedral Diocesana.
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A família
Em 7 de maio de 1959, Girólamo Magnabosco casou com Geny Petrini, com quem teve os filhos Raymundo (mesmo nome do avô), Marcelo e Daniela. Em 1983, porém, uma tragédia abalou a família. No retorno de um passeio por Gramado, um acidente de automóvel ceifou a vida de Geny, Marcelo, da mãe de Geny (dona Adelina Petrini), e da namorada de Marcelo, Adriana Colatto.
Na foto abaixo, seu Girólamo e dona Geny juntamente com os noivos Lucy Magnabosco (sua irmã) e Oswaldo Moreira, cujo casamento ocorreu apenas dois dias depois do deles, em 9 de maio de 1959. Seu Girólamo deixa os filhos Raymundo e Daniela, e a neta Isadora, filha de Raymundo e Jeane Schulz.
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