Fundada em Porto Alegre em 1865 e, em Caxias, por volta de 1910, a Cantina Antunes, que teve seus anos dourados na década de 1930, tornou-se, em 1980, um símbolo de abandono e negligência. Após o fechamento da empresa, em 1982, o prédio e área foram cedidos pela Fazenda Nacional ao município. Porém, apesar da Lei de 1984 determinar que o espaço fosse transformado em uma área de preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Caxias, a prefeitura optou por não investir no imóvel, e a demora da administração em recuperar o patrimônio resultou em seu abandono e triste deterioração.
Um dos personagens desta história foi o fotógrafo Gelson Aimi, que acompanhou a demolição de boa parte da cantina, de 1989 a 1990. Gelson realizou uma exposição fotográfica em 2 de abril de 1991, onde expôs um trabalho feito com fotografias ampliadas em preto e branco da cantina. O evento teve a valiosa colaboração de Mayta Pasa e o apoio de Guadalupi Bolzan, e foi divulgado em diversos veículos da época, inclusive o Pioneiro, conforme reprodução abaixo.
Sua exposição foi no antigo bar Voo Livre. O dono do bar, Volnei, ajudou bastante na época na organização da exposição. A mostra teve a intenção de retratar a sensibilidade da cantina, mesmo em meio à destruição, conforme fotos da página.
Em 1990, a área onde os prédios estavam localizados deu espaço ao novo Fórum de Caxias. Nos anos seguintes, o derradeiro prédio sobrevivente foi recuperado e transformado no Centro Municipal de Cultura Henrique Ordovás Filho. O casarão da família Antunes transformou-se na boate Quinta Estação.