A economia do Rio Grande do Sul tem seus pilares históricos firmados na produção de charque. Na região da campanha e no extremo sul do Estado se localizavam os grande produtores de charque.
No ano de 1916, Pelotas era uma referência na industrialização da carne seca no sol e salgada. E os campos de Bagé concentravam as criações.Na época, ainda se vivia um modelo rudimentar no preparo e distribuição da carne. Cortada em mantas, a carne era salgada e pendurada em varais ao ar livre, em um processo que demandava 18 dias de exposição ao sol. Todo esse procedimento visava conservar o produto tanto no estoque da fábrica quando nos postos de mercado.
O livro Rio Grande do Sul Sportivo, editado em 1917, destaca em um de seus capítulos a pujança dessa indústria. Conforme a publicação, um dos grandes produtores era a firma Tamborindeguy & Costa, que possuía sede em Pelotas e filial em Bagé.
Nas imagens desta página percebem-se as centenas de varas instaladas no ambiente externo para secagem. Os pavilhões apenas eram utilizados para carnear o gado e estocar o produto destinado à distribuição.
Memória
O ciclo do charque no Rio Grande do Sul
No início do século passado, fazendas e grandes produtores estavam localizados na região da Campanha e do extremo sul do Estado
Rodrigo Lopes
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