O flyer chamava para uma festa suingada, com Neguim Beats, de Goiânia, em Caxias. A foto logo aciona o flash do olho mais esperto, politizado, antenado: é blackface, é racismo, é crime. E veio o dilema.
O recurso, entenda-se, era usado de forma estereotipada no teatro para caracterizar personagens negros. No ano passado, o blackface usado na peça A Mulher do Trem, do grupo Os Fofos, em cartaz no Itaú Cultural, em São Paulo, foi motivo de protestos. Na última sessão, o espetáculo não foi encenado. A apresentação deu lugar a um debate contundente sobre antigos e novos regimes de segregação e racismo na vida cultural, no mundo contemporâneo.
Eliane Brum escreveu um artigo vigoroso sobre o debate em questão cujo título, precioso, é No Brasil, o melhor branco só consegue ser um bom sinhozinho.
Debate
3por4: O que ainda podemos falar sobre blackface e discriminação?
Debate começou nas redes sociais provocado por imagem em flyer
Carlinhos Santos
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