
É claro que toda derrota é ruim. Só que existem derrotas que podem ser consideradas positivas. E acredito que o 2 a 0 para o Botafogo, fora de casa, seja um desses casos para o Juventude.
Em seu primeiro desafio como visitante, o time de Fábio Matias manteve o seu comprometimento tático, com competitividade, boa organização e coragem para jogar. Faltou ser efetivo.
E também é óbvio que esse fator passa muito pela qualidade técnica. Diante de um rival que conquistou o Brasileirão e a Libertadores em 2024, a diferença da partida esteve na eficiência para construir e finalizar as jogadas. Foi assim nos dois gols.
Não houve em nenhuma das jogadas um erro evidente da defesa alviverde. É mérito de quem tem mais qualidade.
Dito isso, além de buscar aprimorar a sua capacidade de definir as jogadas, algo fundamental para os duelos fora de casa do Brasileirão, Fábio Matias precisará entender quais serão, dentro das novas peças que têm à disposição, as melhores alternativas para colocar em campo.
Sem Ênio, Petterson não deu boa resposta. Por outro lado, a cada jogo Gabriel Taliari dá menos margem para se duvidar de sua titularidade. Foi mais uma boa atuação do atacante.
Em um campeonato tão parelho e ao mesmo tempo com batalhas tão inglórias ao Juventude, é preciso compreender cada jogo de uma forma diferença. Essa era uma derrota previsível, mas na qual o time teve um comportamento positivo.