
Três escanteios de Alan Patrick e três gols de cabeça. A derrota do Juventude para o Inter no Beira-Rio poderia até ser resumida apenas nesses lances. E foi o que Fábio Matias tentou fazer na coletiva após a partida. Mas essa avaliação é muito simplista.
A estratégia inicial de três zagueiros surpreendeu a todos. Inclusive, ao adversário. E o Ju soube ser efetivo na primeira chance criada, com o gol de Batalla.
A partir daí, o jogo seguiu enroscado e o Inter aproveitou-se da apatia alviverde para defender a bola parada defensiva. Gustavo não saiu, os jogadores de linha não tiveram o comportamento necessário e os gols da virada saíram em um momento onde o time colorado não era tão superior.
O fato é que o Inter tinha sete escanteios a favor contra um do Ju antes do intervalo. E muitas dessas chances de colocar a bola na área saíram justamente da dificuldade do time jaconero em fazer a saída da defesa para o ataque.
E por aí passam os outros pontos a serem questionados sobre as escolhas do treinador. Abner, que vinha sendo o melhor zagueiro do time, foi preterido em relação a Adriano Martins. O erro foi corrigido só no intervalo.
E no segundo tempo, o treinador demorou demais para encontrar soluções diferentes para um jogo no qual o Juventude não finalizava a gol. A mudança tática, com Jean Carlos na vaga de Marcos Paulo, só saiu aos 41 minutos do segundo tempo.
Mandaca e Nenê viram tudo isso do banco de reservas. E, mais uma vez, o Juventude foi um visitante generoso. Diante de um Inter que jogou apenas o suficiente, se apegou em seus erros na bola parada para justificar o novo fracasso.
Agora, a pressão sob o treinador aumenta por parte da torcida e a resposta precisará vir no Alfredo Jaconi, diante do forte Atlético-MG. Certamente o Juventude vai reforçar sua atenção na bola parada defensiva, mas precisará de mais do que isso para voltar a vencer na Série A.