Lá atrás, no início da competição, cinco em cada cinco analistas colocavam o Juventude como um dos times que seria rebaixado no Brasileirão 2024. É o clube com menor investimento e que tem dificuldades de logística em relação aos adversário. Então, estava tudo dentro da lógica.
Só que, dentro de campo, o Juventude mostrou que a história pode ser diferente. Largou batendo o Corinthians em casa e com um futebol convincente. Veio a enchente de maio e o futebol gaúcho acabou sendo diretamente afetado. Mesmo com a parada e todos as dificuldades, o clube se manteve fora do Z-4 durante todas as rodadas disputadas até agora.
E vieram grandes provações. Depois de eliminar o Inter na Copa do Brasil, o Colorado veio e buscou Roger Machado.
E aí, será que o time conseguirá manter-se jogando bem?
Com o calendário apertado, as lesões e o desgaste dos jogadores obrigaram mudanças frequentes na equipe.
E aí, será que o Juventude terá elenco para suportar duas competições?
A vitória diante do Botafogo, no domingo, é emblemática. Com um time todo remendado, com um garoto da base como volante titular e um zagueiro improvisado como lateral-esquerdo, o Ju conseguiu ser muito competitivo. Lutou, fez uma partida consistente e abriu 3 a 0 com muitos méritos. E, no fim, teve força mental para segurar a vitória.
Ainda é muito cedo para garantir uma permanência na Série A em 2025. Mas o fato é que o Juventude dá sinais de que pode sim contrariar aquela lógica do começo do campeonato. Pelo bom futebol apresentado, pelo comprometimento da equipe com a nova comissão técnica e com a capacidade de o time encontrar soluções diante das adversidades.
Ainda faltam 18 jogos, mas o Brasileirão do Juventude até aqui é de muita competência.