
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já errou bastante e já teve muitos problemas no passado recente. Até demorou para se manifestar. Porém, pelo que ela representa no país, fez antes tarde do que nunca. Através das redes sociais, a entidade condenou os atos de vandalismo as sedes dos três poderes em Brasília e fez uma relevante lembrança sobre a camisa da Seleção Brasileira utilizada pela maioria dos criminosos.
É algo tão óbvio, mas é necessário relembrar. A camisa da Seleção Brasileira é um símbolo de alegria e não pode ser confundida como um escudo de ódio e violência. A manifestação da entidade foi precisa. Revela que não houve omissão num fato tão grave como um ataque claro à democracia. Além disso, é um recado direto a quem confunde as cores do país e da Seleção como forma correta de realizar atos antidemocráticos ou badernas.
A CBF não tem poder para evitar ou proibir alguém de usar a camisa da Seleção Brasileira em qualquer lugar, mas a lembrança pública era pertinente neste momento. Era necessário um posicionamento contra esses fatos lamentáveis, porque a democracia precisa ser preservada.
As imagens que rodam o mundo, nos atos de vandalismo do final de semana, têm a presença de um acessório ligado ao esporte, a vitórias, derrotas, emoções, belas jogadas. E não ao terrorismo. Por isso, aos desavisados, a camisa da Seleção Brasileira é para torcer e vibrar. Não é para colorir atos de vandalismo.