
O resultado final não foi uma surpresa. O Atlético-MG era favorito e acabou confirmando a sua supremacia. Porém, o que mais dói para o torcedor do Juventude é o contexto da partida, que acabou com vitória do líder do Brasileirão por 2 a 0.
Com uma estratégia bem clara e uma marcação intensa durante todo o confronto, o time de Jair Ventura segurou o Galo enquanto foi possível. Na primeira etapa, as chances apareceram para os donos da casa, mas o placar se manteve em branco. Sorriso ainda quase surpreendeu Everson.
Veio a segunda etapa e o controle alviverde até foi maior. No momento em que a partida mudava de característica, até pela insistência do Atlético sem efetividade, veio o lance que mudou o jogo. No lance na área, a arbitragem mandou seguir, mas a reclamação de pênalti (a terceira ou quarta do Galo) foi intensa e o VAR interferiu pouco depois. Um lance, no mínimo, duvidoso. Dawhan está com o braço envolto em Diego Costa, mas não parece ter força suficiente para derrubar o forte centroavante. Só que aí, diante do estádio lotado e de todas as circunstâncias da partida, a interpretação foi favorável ao Atlético.
E foi o gol de Hulk que definiu o resultado. Com o 1 a 0, o Atlético cresceu, a torcida que lotava o Mineirão entrou ainda mais em festa e o segundo gol surgiu de forma natural. Porém, apesar de tudo isso, é preciso avaliar outras questões e até mais importantes para os cinco jogos que restam para o Juventude.
Mais uma vez, foi uma boa apresentação da equipe alviverde. Dentro de sua estratégia, amarrou um adversário muito superior tecnicamente. Foi bravo e apresentou peças com destaque individual, especialmente o trio Dawhan, Jadson e Ricardinho. A atuação firme mantém o time com sangue nos olhos para a decisão de terça-feira, contra o Atlético-GO.
A missão continua muito difícil, é sempre importante repetir, mas o Juventude deu mais uma demonstração que lutará como uma equipe forte e qualificada até o último minuto.