O Juventude de Marquinhos Santos bateu no teto. Ou, pelo menos, dentro do returno, não conseguiu manter a mesma batida da primeira fase do campeonato. E talvez não seja apenas culpa do comandante. Com um elenco enxuto e peças que não tem correspondido, o time caiu de produção em um momento delicado e decisivo.
É importante dizer que o treinador, que foi muito questionado em seu retorno e após a eliminação na Copa do Brasil, mostrou seu valor neste Brasileirão. Nas 19 primeiras rodadas, não foram poucos os momentos em que o trabalho tático, as escolhas e as estratégias adotadas para encarar rivais de maior poderio técnico foram enaltecidas. E com todos os méritos.
A questão principal para a escolha da direção nesta segunda-feira (18) é a perspectiva. O Brasileirão é muito longo e cada etapa do campeonato precisa ser avaliada de forma distinta. Nesta largada de segundo turno, apesar da grande vitória sobre o Santos, o Juventude não conseguiu manter o nível de desempenho. Algumas escolhas e estratégias, que antes funcionavam, passaram a não surtir efeito. A defesa passou a vazar mais do que se esperava, mesmo resguardada por três jogadores com características de marcação e, em boa parte dos jogos, laterais que têm característica menos ofensiva.
O Juventude desaprendeu a jogar ou está rebaixado? Longe disso. Tem muito campeonato pela frente, mas será preciso ser mais assertivo daqui para a frente. Obviamente, pelo grupo que tem e as suas carências, a equipe alviverde terá de fazer muita força para permanecer na elite. Mas, é sim possível.
E um dos grandes desafios da direção a partir da opção pela mudança está na escolha do novo treinador. Ser assertivo no perfil do profissional que chega é o primeiro passo para garantir que o Juventude estará mais forte nessa briga acirrada contra o Z-4.