E se não morrêssemos? De morte nenhuma? Nem de peste ou praga, nem de tiros, granadas ou bombardeios. E se fôssemos imaculados e revestidos de uma aura indestrutível, que nos tornasse perenes por todo o sempre e até sei lá quando, porque qual seria o sentido de contar dias e noites se nunca, nunquinha morrêssemos? Pra que vacina ou penicilina se doença nenhuma nos abalasse? Febre? Piada, né. Indestrutíveis não ardem em febre e, sendo assim, nenhum analgésico precisaria ter sido inventado.
Intermitências
Opinião
A crônica anacrônica
José Saramago e Assis Valente, mesmo por caminhos tortuosos, sacramentaram a sina da baderna dentro e fora da imortalidade
Marcelo Mugnol
Enviar email