Ao meu lado, num restaurante qualquer, um casal fitness fotografa uma porção de polenta frita como se estivesse diante da Mona Lisa, no Louvre, em Paris, ou de Guernica, no Museu Reina Sofía, em Madri. Quem vê beleza pictórica transcendental numa porção de polenta frita? Se ainda fosse brustolada, com aquelas fantásticas marcas da chapa, com um queimado aqui e outro ali, sem nenhuma simetria, ok! Mas era só uma porção de polenta frita empilhada com queijo ralado para decorar. Esse é o resultado do investimento em Turismo. E o Instagram agradece.
Crônica
Opinião
Desfaleço de amnésia digital
Duas ou três questões sobre o insustentável uso das traquitanas tecnológicas. Ou, por que nos tornamos escravos dessas fabulosas criações?
Marcelo Mugnol
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