A segunda edição do Mapeamento do Ecossistema de Inovação da Serra Gaúcha, elaborado pela Conexo, identificou a atuação de 44 startups da região que desenvolvem projetos para clientes locais e globais — na primeira edição, foram 50. O levantamento apontou ainda a presença na Serra de 17 espaços de trabalho colaborativo, que favorecem o networking e a atuação com inovação, e a realização de 19 eventos que promovem uma cultura inovadora — a maioria ligada à indústria.
No total, são 23 cases de inovação em destaque nesta edição e cinco agentes investidores. As cidades da região contam com atuação de cinco instituições de ensino e pesquisa que se destacam em iniciativas inovativas no ecossistema e há também três leis de incentivo à inovação em vigente nos municípios mapeados. Os dados apurados foram estruturados em oito categorias e a novidade deste ano é a de investidores.
— O mapeamento traz em um só lugar cases que outras empresas podem se identificar, ver alguma solução que já foi implementada, poder encurtar caminho e buscar a mesma solução ou uma solução semelhante. Para as startups também saberem onde podem se conectar, quais são as principais iniciativas da região e as empresas também entenderem quais são as possibilidades de auxílio também do ecossistema de inovação pra solucionar os seus problemas — destaca a diretora da Conexo, Thamis Aline Zeni.
O mapeamento será apresentado nesta quarta-feira (30), durante a Fimma, em Bento Gonçalves. O levantamento estará disponível no site da Conexo.
Exemplos
São muitos os exemplos identificados pelo mapeamento que podem servir de inspiração. Um deles é o da Composs, pioneira na utilização de materiais compósitos estruturais na América Latina. Ela tem um processo de fabricação menos agressivo ao meio ambiente, com geração de resíduos baixa e matéria-prima excedente direcionada para a produção de madeira biossintética. Gera produtos com melhores propriedades mecânica que peças originais e 60% mais leves como suporte de paralamas para implemento rodoviário, suporte de paralamas e lanterna para caminhão.
Outro case apontado pelo levantamento é o primeiro protótipo de micro-ônibus autônomo da América do Sul, fruto de uma parceria entre Marcopolo Next e Lume Robotics, startup brasileira de mobilidade autônoma. Foram dois anos de estudos até o projeto passar a integrar o modelo Volare Attack 8 para operar de forma totalmente autônoma sem a intervenção remota.