Sinônimo de refinamento e simplicidade: conheça a pesquisadora de moda caxiense Beth Venzon

Camisa de seda: Olga Susin. Saia: Walter Rodrigues. Echarpe: Hermès. Sapato: Arezzo. Brinco: Fabiane Montemezzo. Anel de herança maternaNino Bellini / divulgação

Bernardete "Beth" Susin Venzon olha para cada peça de roupa tentando entender o espírito do tempo que as produziu. Atuante na Universidade de Caxias do Sul há 28 anos, professora de História da Moda, curadora e consultora, ela conduz esses olhares também no @moda365oficial.

– Roupa é expressão, é comunicação, tem que ter encantamento, ela conta uma história – define.

Refinamento conjugado com simplicidade dá o tom da vida e do trabalho de Beth, que cresceu entre as roupas feitas pela mãe, a costureira Olga Maria Speggiorin Susin; os crochês da avó paterna, Josephina Salvador Susin, e da materna, Wanda Cavinatto Speggiorin; além do aprendizado e dos conselhos do pai, Valmir Antônio Susin.

Nesse percurso, Beth construiu repertório entre estudos de moda e arte realizados no Brasil e na Itália.

– O que me fascinou foi olhar para o jeito das pessoas vestirem, as construções da arquitetura, a cultura dos lugares _ diz ela que, aos 54 anos, é fascinada por aquilo que chama de cultura de moda:

– Me encanta estudar a roupa e o seu entorno, tentar entender esses signos.

Essa dedicação se estende no convívio com os amigos e os alunos, que a elegem como verdadeira musa no Campus 8 da UCS. Um afeto que privilegia os dois parceiros mais próximos do seu cotidiano, o marido Alexandre Venzon e o filho Enzo Susin Venzon.

– Meus amores, me completam de forma muito bonita. Alexandre faz parte de toda a minha vida, Enzo é meu melhor presente. Eles são meu ponto de equilíbrio. Gostamos de estar em família – diz ela.

Dona de um vasto conhecimento em sua área de atuação, com personalidade ímpar, Beth filtra as informações sobre o mundo contemporâneo e o comportamento.

– É fascinante como os criadores conseguem nos surpreender. Trabalhar com cultura de moda é entender a construção do passado para desvendar o futuro. Os tecidos são uma linguagem. Liberdade, diversidade e experiência são cada vez mais relevantes. A moda é cada vez mais autoral. No século 21, o feito à mão se conjuga à tecnologia com essência e emoção – ensina a expert.