A reação da sociedade civil a atos de barbárie registrados no país tem sido branda, suave, e os atos vão prosperando. A sensação que fica é de que seus autores sabem que não lhes acontecerá nada. Afinal, a truculência de representantes do Estado, em especial nas corporações policiais, é estimulada por autoridades. Manifestações nesse sentido ocorrem com bastante frequência.
O episódio do assassinato de um motociclista em Aracaju (SE), por asfixia mecânica, no bagageiro de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), submetido a dosagens mortais de spray de pimenta e gás lacrimogênio, é uma barbárie. É uma câmara de gás, versão brasileira. As filmagens são indesmentíveis. É preciso que a sociedade se interesse em cobrar responsabilidades. A nota da PRF para explicar o inexplicável não para em pé e é revoltante.