O momento de extrema preocupação em relação ao agravamento da pandemia requer doses a mais de prudência do poder público. A Câmara, que registra seis casos de covid-19 no momento, inclusive o vereador Rafael Bueno, está admitindo o modelo híbrido para as sessões, valendo-se da concessão do mecanismo de cogestão, que possibilita o regramento da bandeira vermelha. Portanto, seguem liberadas as sessões em plenário, como a de terça-feira. A Casa emitiu orientações ontem para organizar o funcionamento em tempo de sérios riscos da pandemia. Precisa funcionar bem.
A administração pública municipal e seu gabinete de crise precisam reforçar prudências, pois o sistema de saúde está no limite. Como a vacinação se demora, tem seu cronograma lento e seus contratempos, a prioridade máxima do momento é frear o contágio, o que se faz pelo controle da circulação. Esta é a receita de infectologistas, quer dizer, da área técnica, e do cientista de dados Isac Schrarstzhaupt. Não há outro caminho a seguir no momento. Além disso, descuidar do distanciamento traz prejuízos sérios ao planejamento da economia, pois a incerteza quanto aos dias e semanas seguintes persistirá. A prefeitura promete intensificar a fiscalização. É preciso. Mas também é preciso atenção a todos os focos de concentração de pessoas, como no transporte coletivo. Nesta terça-feira, havia relatos de lotação além do razoável em determinadas linhas.
É hora de as atividades política e administrativa e seus protagonistas transmitirem à população o recado de que o momento não é de normalidade. E darem a contribuição decisiva que lhes cabe, pelo poder político e de comando que exercem. Com muita responsabilidade.