
Já era tradição. Todo o final de ano, o presidente emérito da Marcopolo, Paulo Bellini, circulava pelos setores da fábrica para agradecer pessoalmente os funcionários pela dedicação despendida à maior fabricante de carrocerias de ônibus da América Latina.Chegava a demorar duas semanas para fazer a volta completa, abraçando um a um, e entregando um brinde.
Com a empresa crescendo e a idade avançando, a estratégia mudou nos últimos anos. Seu Bellini não deixava de fazer sua aparição, agradecimento e de injetar suas palavras de otimismo e de boas festas, mas reunia setores ou turnos e falava coletivamente.
Nessas ocasiões, a emoção e o orgulho se sobressaíam. Paulo Bellini sabia cativar e motivar.Era um líder nato. Conseguia colocar-se ao lado do trabalhador.