
A questão matemática que justifica a realização ou não da Festa da Uva em 2018 fica em segundo plano quando se coloca o zoom na importância e na tradição de um evento que inseriu Caxias na vitrine do país.
Alguns empresários comentam nos bastidores que, por conta da necessidade de contenção de recursos, o momento seria crucial para se fazer uma Festa com a cara de Caxias, tirando o tom “de camelódromo”, com expositores de fora. Seria a ocasião de se valorizar a cultura agrícola de Caxias, seu comércio e seus fabricantes, incluindo o importante polo de moda.
Outros chegaram a dizer que o adiamento para 2019 ocorreu antes de se buscar grandes patrocinadores, a exemplo de Caixa, Coca-Cola e Bradesco, com algumas cotas que superam R$ 1 milhão, compensando a ausência de recursos da prefeitura. Mas não só eles: empresas menores que pudessem se engajar para a viabilização. Em carta, a CDL de Caxias declarou que a manutenção evitaria maiores prejuízos à economia e à cadeia turística.
A Festa da Uva chegaria em boa hora para injetar ânimo numa comunidade fragilizada pela crise, por conta da agenda que mobiliza desde a escolha do trio de soberanas. Seria a recomposição da autoestima e a retomada do espírito de união que simboliza o evento desde seu nascimento.