Reestruturar as empresas, cortar trabalhadores (são 21 mil vagas fechadas em Caxias desde 2014) e investir em ações comerciais mais ousadas não são suficientes. Para se manter no mercado, bastante fragilizado pela crise e pelas demissões, as empresas precisam reduzir drasticamente as margens de lucro. Ganhar na quantidade.
Isso fica evidente em alguns setores, como os supermercados, que, para driblar a concorrência agressiva nas gôndolas, têm apostado em baixar preços, fazer megapromoções, renegociar valores com fornecedores garantindo venda em grande quantidade.
A conjunção pouco dinheiro no bolso, pesquisa do cliente, substituição de alimentos mais caros por outros da estação e uma ação mais estratégica das redes de varejo culminou na redução, pela primeira vez no ano, da cesta básica caxiense.
O rancho fechou o último mês custando R$ 824,87 para quem mora na cidade. Na comparação com agosto, o recuo foi de R$ 8,90. Passou a valer a máxima “vender mais e ganhar menos por item”.
Tanto que a cesta básica baixou na contramão da inflação de Caxias, que subiu 0,13% em setembro. As margens de lucro menores também são vistas em outros setores, como nas áreas de vestuário e móveis. O consumidor está mais consciente. O empresário dá a contrapartida.
Caixa-Forte
Vender mais e ganhar menos por item é a nova máxima do mercado
Empresas precisaram reduzir drasticamente as margens de lucro
Silvana Toazza
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