O casal de empresários apontados como responsáveis pela morte de Gabriela Nunes de Azevedo, 30 anos, em Não-Me-Toque, no norte gaúcho, segue foragido. A suspeita é que os dois já estejam fora do país, disse o delegado à frente do caso, Gerri Mendes. Ambos têm a prisão preventiva decretada.
O corpo dela foi encontrado dentro de um tonel em uma propriedade rural na localidade de Colônia de Saudades em 29 de setembro, quatro dias depois da provável data do crime. Estava em estado de decomposição, sem roupas ou documentos e com uma perfuração na nuca.
O crime foi uma das reportagens mais lidas em GZH Passo Fundo em 2024 — motivo pelo qual integra série sobre os assuntos do ano. As atualizações serão publicadas no site nos próximos dias como forma de lembrar o ano que passou.
Conforme o delegado à frente da investigação, Gerri Adriani Mendes, Gabriela foi morta com um disparo de arma de fogo na cabeça, o que indica que houve execução.
Segundo a polícia, o crime teve motivação passional. Isso porque a investigação apontou que a vítima mantinha um caso extraconjugal com Alexandre dos Santos, 43 anos, um dos investigados. A hipótese é que a mulher dele, Patrícia Pilatti, 28, descobriu a traição e planejou a morte com o marido.
Até agora, a polícia cumpriu mandados em seis endereços — três em Não-Me-Toque, dois em Passo Fundo e um em Santa Catarina — sem sucesso na localização do casal. Os investigadores entendem que eles já podem estar fora do país. As buscas continuam.
O que levou a polícia ao casal
Natural de Porto Alegre, Gabriela estava morando temporariamente em um hotel de Não-Me-Toque. Segundo a Polícia Civil, ela trabalhava como acompanhante no Rio Grande do Sul e no Paraná.
As investigações identificaram que Grabriela trabalhou na empresa do casal apontado como autor do crime e manteve uma relação com Alexandre. Ela teria dito ao empresário que estava grávida, porém depois negou a informação.
A polícia não descarta a hipótese da vítima ter ameaçado ou extorquido Alexandre devido à possível gravidez.
A polícia chegou à identificação dos suspeitos depois da análise de imagens de videomonitoramento, coleta de depoimentos de familiares da vítima e acesso a mensagens de celular.
A caminhonete do casal foi vista circulando por Passo Fundo empoeirada, o que levantou suspeitas sobre a utilização no crime por Gabriela ter sido encontrada em uma área rural.
Outros elementos coletados, incluindo mensagens mostradas por familiares de Gabriela, fortaleceram a suspeita de que Alexandre e Patrícia estão por trás do crime.