
No Brasil, cerca de 200 mil pessoas convivem com a doença de Parkinson, o equivalente a toda a população de Passo Fundo, comparativamente. Esta sexta-feira (11) marca o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Parkinson, data criada para alertar a população sobre a condição neurodegenerativa.
O problema afeta milhões de pessoas no mundo, provocando tremores, rigidez muscular, alterações na marcha e no equilíbrio e dificuldades para ingerir alimentos. Com o avanço da ciência, novos recursos vêm sendo incorporados à reabilitação dos pacientes, promovendo mais autonomia e qualidade de vida.
Entre essas inovações, a neuromodulação transcraniana tem ganhado destaque como uma ferramenta terapêutica eficaz no tratamento de pessoas com Parkinson.
A técnica utiliza estímulos elétricos ou magnéticos de baixa intensidade para modular a atividade cerebral e diminuir a velocidade do avanço dos sintomas.
— A neuromodulação atua diretamente nas redes neurais envolvidas no controle motor e no equilíbrio e quando associada à fisioterapia e à fonoaudiologia neurofuncionais, potencializa os resultados dos atendimentos. Muitos pacientes relatam melhora significativa no controle dos movimentos — explica a fisioterapeuta e diretora do Instituto Umani, Nedi Magagnin.
Além dos benefícios físicos, a técnica também tem impacto positivo no aspecto emocional, ajudando a combater sintomas como apatia e depressão, comuns entre pacientes com Parkinson. Por ser não invasiva e segura, a neuromodulação pode ser indicada em diferentes fases da doença, sempre com acompanhamento profissional.
Conforme Nedi, com uma abordagem terapêutica interdisciplinar e protocolos personalizados de reabilitação para pessoas com a doença, integrando fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e nutrição, entre outras, é possível proporcionar maior qualidade de vida.
Sintomas
Os sintomas da doença de Parkinson podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns sinais costumam surgir de forma progressiva. Os principais incluem:
- Tremores, geralmente em repouso, principalmente nas mãos
- Lentidão dos movimentos (bradicinesia)
- Rigidez muscular
- Alterações na postura e no equilíbrio
- Dificuldade para caminhar e iniciar movimentos
- Alterações na fala e na escrita
- Dificuldades para engolir (disfagia)
- Expressão facial reduzida
Prevenção
Embora a doença ainda não tenha cura, algumas estratégias podem ajudar na prevenção ou no retardamento do surgimento dos sintomas, especialmente quando adotadas desde cedo. Entre elas:
- Prática regular de atividade física
- Alimentação equilibrada e rica em antioxidantes
- Sono de qualidade
- Estímulo cognitivo (como leitura, jogos e aprendizado contínuo)
- Controle de doenças crônicas como diabetes e hipertensão
- Acompanhamento médico e check-ups regulares