Por Sueli Longo, nutricionista especialista em nutrição no esporte e exercício físico
Com o aumento constante do número de pessoas com diabetes, de acordo com a Internacional Diabetes Federation, surge a necessidade de discutir a importância de práticas alimentares adequadas, aliadas a uma rotina de exercícios físicos regulares para a promoção da qualidade de vida.
Entre os pontos mais debatidos na nutrição de diabéticos estão os adoçantes, especialmente para atletas e esportistas, considerando que demandas energéticas e nutricionais dos praticantes de atividades físicas são mais específicas.
O diabetes é caracterizado pela deficiência na produção ou ação da insulina, levando ao aumento dos níveis de glicose no sangue. A prática regular de exercícios físicos é uma ferramenta fundamental no controle glicêmico, uma vez que contribui para a melhoria da sensibilidade à insulina e ajuda na manutenção do peso, fatores essenciais no manejo da doença crônica.
Onde entram os adoçantes?
Os adoçantes têm um papel importante na dieta de portadores de diabetes, oferecendo uma alternativa segura para substituição do açúcar, permitindo que essas pessoas desfrutem de sabores doces sem o risco de hiperglicemia.
As principais agências regulatórias no mundo, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), FDA (agência federal de saúde dos Estados Unidos) e a Anvisa, no Brasil, atestam sobre sua segurança.
Os adoçantes são considerados seguros para consumo regular. Antes de estarem disponíveis no mercado, esses produtos passaram por rigorosos testes de segurança, que avaliaram potenciais impactos à saúde e à glicose no sangue.
Quando falamos de suplementos alimentares que contém adoçantes em sua formulação, por exemplo, seu uso é comum para reduzir o teor de açúcar e, ao mesmo tempo, garantir o sabor agradável desses produtos. Estes suplementos muitas vezes contêm adoçantes de baixa ou nenhuma caloria, o que possibilita o consumo sem grandes preocupações em relação ao aumento da glicose.
Considerações nutricionais importantes
Além de controlar a ingestão de açúcar, atletas e esportistas diabéticos devem prestar atenção a outros aspectos de sua alimentação. A escolha de carboidrato disponível de lenta digestão, que impacta a glicemia de forma gradual sem provocar descargas bruscas e elevadas de insulina, representa uma resposta mais adequada do ponto de vista fisiológico e pode contribuir para a redução de risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
Além disso, uma dieta rica em fibras, proteínas de alta qualidade e gorduras insaturadas também auxilia no controle da glicemia e no desempenho esportivo.
É importante lembrar que, para todos os indivíduos, as quantidades e tipos de alimentos devem ser adaptados à intensidade e duração de seus treinos físicos. A ingestão de suplementos ou alimentos específicos deve ser orientada por um nutricionista especializado, para garantir a melhor combinação entre nutrição, performance e saúde.
A ingestão de suplementos ou alimentos específicos deve ser orientada por um nutricionista especializado, para garantir a melhor combinação entre nutrição, performance e saúde
SUELI LONGO
nutricionista especialista em Nutrição, Esporte e Exercício Físico
O conjunto de fatores é o que conta
É essencial que estejam integrados uma alimentação equilibrada e um estilo de vida ativo, respeitando as necessidades individuais.
Para atletas e esportistas diabéticos, ao adotar essas práticas, é possível alcançar não apenas uma melhora no controle do diabetes, mas também um desempenho esportivo otimizado e uma melhor qualidade de vida.
Sueli Longo é nutricionista especialista em Nutrição, Esporte e Exercício Físico, e mestre em Comunicação Social. Diretora do Instituto de Nutrição Harmonie e Presidente da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (gestão 2022-2025).