![Polícia Civil / Divulgação Polícia Civil / Divulgação](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/1/3/4/5/7/0/5_2bf2c8d24ffdc64/5075431_2c0d99a2a6b8453.jpg?w=700)
A Polícia Civil de Marau investiga acusações de agressão entre o vereador Frederico Gazola Andrigo (PP) e a secretária municipal de Educação Francinete Oneda. O caso teria ocorrido dentro da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Darvin Marosin na última terça-feira (11).
Segundo o delegado à frente da investigação, Daniel Borges dos Santos, os dois envolvidos registraram boletim de ocorrência e as versões apresentadas são contraditórias. A polícia analisa os registros.
Câmeras de segurança da escola teriam registrado o momento da confusão, mas as imagens ainda não foram divulgadas.
Procurada pela reportagem, Francinete diz que tentou impedir o parlamentar de filmar uma sala de aula da escola quando teria sido empurrada pelo homem.
— O vereador chegou e disse que queria filmar uma sala de aula, para fiscalizar, mas foi explicado que ele não poderia gravar som e imagem no ambiente da escola. Ele se alterou e foi em direção à sala, filmando. Nesse momento, tentei tomar o celular dele, e ele me empurrou com o corpo — relatou a secretária.
À reportagem, o vereador afirmou que foi até o local para fiscalizar reformas que estariam atrasadas. Ele nega as acusações de agressão física e verbal contra a secretária e de invasão da escola.
— Eu cheguei na escola depois de receber mensagens que nada foi feito de obras que estavam previstas. Eu fui muito bem recebido lá, expliquei que queria fiscalizar, mas a secretária não queria que eu registrasse, mesmo avisando a todos que eu estava filmando. Nisso ela tentou me tirar o celular, mas eu não agredi, não empurrei ninguém — afirma.
O caso motivou a publicação de uma nota de repúdio pela prefeitura, que afirma que a situação foi "um atentado contra o patrimônio público, contra a comunidade escolar e contra a mulher" e que "medidas cabíveis serão tomadas" (leia a íntegra abaixo).
A procuradora jurídica da prefeitura de Marau, Priscilla Christina Franco, disse que o Município deve dar encaminhamento a uma denúncia contra o vereador no Ministério Público.
Leia as notas dos envolvidos na íntegra
Vereador Frederico Andrigo (PP)
Em nota encaminhada a GZH Passo Fundo, o representante de Andrigo reiterou que não houve agressões contra a secretária e que "o Município tem a obrigação de publicar as imagens das câmeras de captação" da escola. Leia a nota na íntegra.
Prefeitura de Marau
"A Prefeitura de Marau manifesta o seu repúdio ao fato ocorrido no dia 11 de fevereiro de 2025, envolvendo o vereador Frederico Gazola Andrigo, que adentrou sem autorização na Escola Municipal de Ensino Fundamental Darvin Antonio Marosin, ultrapassando os limites estabelecidos pela equipe diretiva e pela Secretária de Educação, agredindo-a fisicamente e verbalmente.
A direção da escola prontamente acionou a polícia, que compareceu ao local para tomar as devidas providências. A gravação de vídeo de alunos e professores, sem autorização, no ambiente escolar, e a violência contra qualquer profissional da educação não pode ser tolerada pela Prefeitura de Marau.
Tais atitudes não se coadunam com a transparência e o respeito às instituições públicas, mostrando apenas amplo desconhecimento a respeito das normas e regulamentos que regem as visitas em estabelecimentos de ensino. Além disso, é um atentado contra o patrimônio público, contra a comunidade escolar e contra a mulher.
Reafirmamos nossa posição de defesa da educação pública de qualidade e da segurança nas escolas e repudiamos veementemente qualquer tipo de violência ou agressão. As medidas cabíveis serão tomadas visando garantir a ordem, a segurança e integridade da comunidade escolar e dos servidores, bem como para responsabilização do vereador".