Com cerca de 97% da população já recenseada, o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trabalhará até o mês de abril para reduzir a taxa de recusa de Passo Fundo, no norte do Estado. Dos 26 municípios da região de abrangência, apenas Passo Fundo mantém o trabalho ativo, com nove recenseadores nas ruas, em busca da redução do número total de duas mil recusas ou residências com moradores ausentes.
— Enfrentamos dificuldade desde o início, com falta de trabalhadores. Ainda estamos fazendo uma revisão daqueles locais que não conseguimos encontrar as pessoas, e a maior dificuldade está no Centro. Para encerrar, ainda falta essa revisão e vermos a cobertura do nosso trabalho de campo, via satélite. Os primeiros a saber desses dados serão as prefeituras e as entidades que nos auxiliaram — explica o chefe da Agência IBGE de Passo Fundo, Jorge Bilhar.
Com seis meses de coleta, já foram apurados 80 mil domicílios ocupados por moradores na cidade, sendo mais de três mil prédios. Com número ideal de 178 trabalhadores para cobertura do censo, Passo Fundo teve no máximo 120 cargos ativos. No momento, a cidade tem nove recenseadores nas ruas, que trabalham com turnos até às 21h, incluindo os finais de semana.
Os números
Informações preliminares divulgadas em dezembro de 2022 registram 217 mil moradores em Passo Fundo, número que pode chegar a 240 mil, ainda passando por apuração. Entre as demais características que ainda devem ser divulgadas, Bilhar destaca duas reduções:
— Observamos a redução do tamanho das famílias e do número de pessoas que saem do campo e vêm para a cidade. Esse comportamento repercute na redução da taxa populacional de alguns municípios, mas ainda mostraremos outros dados que justificam as taxas.