Gustavo Cuéllar conhece bem o peso da rivalidade no futebol. O colombiano cresceu e apareceu para o esporte dentro da explosiva disputa entre Deportivo e América, na cidade de Cali. É de lá que o volante traz no sangue o DNA que chamou a atenção do Grêmio. E torna o meio-campista de 32 anos um dos personagens do Gre-Nal 444 no próximo sábado (8), às 21h, na Arena.
Cuéllar fará sua estreia no clássico gaúcho neste Gre-Nal. Ainda em adaptação a Porto Alegre e aos novos companheiros, o volante deixou claro desde seu retorno ao Brasil que estava pronto para atender às expectativas criadas com sua contratação.
Mesmo com pouco tempo de CT Luiz Carvalho, o jogador já tem a voz ouvida no vestiário. Sua postura no dia a dia de atividades é um dos pontos mais citados por quem acompanha a adaptação do colombiano ao novo clube e seus novos companheiros.
— Estou preparado para trabalhar muito forte. Primeiro ganhar o respeito dentro do clube, depois da torcida. É isso que estou pronto para fazer. Há vários tipos de líderes. Me considero uma liderança que chama os companheiros pelo esforço e dedicação dentro de campo. Sempre dou meu melhor para o clube. O torcedor pode esperar de mim respeito pelo Grêmio, raça e muita vontade. Estou sujeito a errar, tomara que não aconteça, mas me sinto pronto para me preparar para errar o menos possível — prometeu.
Retrospecto em clássicos
Do antigo confronto doméstico que o novo camisa 6 gremista carrega um retrospecto irretocável. Promovido ao time principal do Deportivo em 2009, e onde ficou até 2014, saiu soberano.
Na disputa de Cali, Cuéllar não sabe o que é derrota. Em quatro jogos entre Deportivo e América, o volante tem quatro vitórias. E como o América acabou rebaixado no período em que o volante gremista surgiu, o número de enfrentamentos não é tão alto.
— Cuéllar é da base do Deportivo Cali, um jovem que tinha muita projeção. É um volante elegante, recuperador de bolas. Um camisa 5, mas que também poderia atuar como um camisa 8. Muito forte, de boa técnica. Alguém que não é desarmado facilmente. Por isso não durou tanto em Cali — explicou Juan Cortés, repórter que cobre os clubes de Cali.
Emprestado ao Junior, de Barranquila, Cuéllar não chegou a enfrentar o rival local do clube. Mas seu desempenho em um dos principais clubes do continente foi o que despertou a atenção do futebol brasileiro. Antes de acertar com o Flamengo, ficou próximo de uma ida para o Cruzeiro.
No Brasil
De mudança para o Brasil em 2016, Cuéllar também somou bons números na rivalidade carioca. Ao todo, com a camisa do Flamengo, fez 31 partidas contra Fluminense, Botafogo e Vasco. Venceu 13 partidas, 12 empates e perdeu apenas seis vezes. Quando defendeu o Al Hilal entre 2019 a 2023, enfrentou sete vezes o rival Al Ittihad. Saiu vitorioso cinco vezes, com um empate e uma derrota.
Seu único retrospecto negativo em clássicos é pelo Al Shabab, onde passou a atuar em 2023. Contra o Al Hilal, ex-clube de Neymar, são três derrotas nos três encontros entre os adversários. Anunciado como reforço no dia 15 de janeiro, Cuéllar ainda está em processo de adaptação. O volante será um dos mistérios de Quinteros para o clássico. É possível que o colombiano forme a dupla de volantes titular junto a Villasanti. Uma parceria que empolga e dá esperanças para o torcedor gremista de olho no Gre-Nal 444.
Clássicos de Cuéllar
Deportivo Cali x América de Cali
- 4 jogos
- 4 vitórias
Flamengo x Fluminense
- 12 jogos
- 4 vitórias
- 6 empates
- 2 derrotas
Flamengo x Botafogo
- 12 jogos
- 5 vitórias
- 4 empates
- 3 empates
Flamengo x Vasco
- 7 jogos
- 4 vitórias
- 2 empates
- 1 derrotas
Al Hilal x Al-Ittihad
- 7 jogos
- 5 vitórias
- 1 empate
- 1 derrota
Al Shabab x Al Hilal
- 3 jogos
- 3 derrotas
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