Mapear pontos de hostilidade na cidade de Passo Fundo, no norte gaúcho. Esta é a primeira iniciativa apresentada pela vereadora eleita Marina Bernardes (PT) para o seu primeiro mandato no Poder Legislativo. O projeto foi divulgado na quarta-feira (8).
O objetivo da ação é entender quais são os locais com pouca ou nenhuma segurança no município de acordo com a comunidade. O movimento é a primeira fase de um projeto que deve produzir novas ações baseadas nas informações encaminhadas pelos passo-fundenses. O momento é de coleta de dados (veja abaixo como participar). Até a tarde desta sexta-feira (10), a vereadora havia recebido 120 indicações de pontos hostis.
Pontos de ônibus sem iluminação ou com infraestrutura inadequada; banheiros públicos em más condições; ruas, calçadas e praças escuras; e até terrenos baldios e muros extensos. Esses são apenas alguns exemplos de situações que configuram lugares hostis e perigosos e podem ser denunciados e inseridos no Mapa da Hostilidade Urbana.
Conforme Marina, o conceito de hostilidade urbana parte do princípio de que uma rua mais movimentada é mais segura.
— As pessoas que circulam a pé vão ter uma determinada percepção de insegurança, e o motorista, outra. Se você tem uma rua de extensão muito longa de muro, por exemplo, significa que você estará transitando sozinho, porque você não terá nenhuma relação com nenhum comércio, serviço, casa ou morador. Temos que pensar em lugares de permanência e não só de passagem — explica.
A ideia do mapa surgiu antes mesmo de a vereadora lançar a candidatura. Através das redes sociais, Marina já falava sobre problemas encontrados em Passo Fundo. Ela recebeu o retorno da comunidade através de mensagens que mostravam a realidade de diferentes bairros do município.
— As pessoas começaram, naturalmente, a me enviar pontos, mostrando ruas, paradas de ônibus, banheiros públicos e falta de iluminação. Passada a campanha, tive que pensar o que fazer com essa demanda, porque ela é real, ela existe. É algo concreto que está afetando a nossa sensação de segurança e, muitas vezes, de fato, afetando a própria segurança, porque cria ambientes propensos à criminalidade e à violência — relembra.
Como participar
A iniciativa apresentada pela vereadora prevê diferentes etapas de trabalho, iniciando pelo diagnóstico e levantamento dos locais selecionados pela comunidade até a apresentação dos dados para o Executivo.
O período para o envio dos dados segue até o início de fevereiro. O contato pode ser realizado através do telefone (54) 98129-4600.