A semana começou com registro de mais de 83 mil metros quadrados de desmatamento em quatro cidades do interior do Rio Grande do Sul. Os flagrantes aconteceram na segunda-feira (8), em Maximiliano de Almeida e Ametista do Sul, na Região Norte, Rolador, no Noroeste, e Nova Bassano, na Serra.
A maior parcela desmatada foi no norte do RS: mais de 5,8 hectares de Mata Atlântica, o equivalente a cinco campos de futebol oficiais. A equipe do 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar (3° BABM) foi acionada a partir do alerta emitido pela plataforma MapBiomas.
Apenas em Maximiliano de Almeida foram 31 mil metros quadrados de destruição de árvores como camboatã, canela, angico, açoita-cavalo, timbó, guajuvira, e araucária angustifolia. Os outros 27,2 mil metros quadrados de desmatamento foram flagrados no interior de Ametista do Sul.
Nos quatro casos os responsáveis foram identificados pelo 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar e responderão por crime ambiental.
Áreas de Preservação Permanente
Chama atenção que em Rolador e em Nova Bassano a extensão do desmatamento chegou atingir Áreas de Preservação Permanente (APP). No município do noroeste, houve a supressão de 1,2 mil metros quadrados de mata nativa dentro da APP, nas proximidades do Arroio Rolador.
Já na cidade da Serra, os policiais flagraram 2,4 hectares de destruição; destes, 5,2 mil metros quadrados são de APP. A proprietária do terreno apresentou licença para a intervenção na área, mas como estava em desacordo com o manejo florestal executado, ela foi autuada.
De acordo com a Lei n° 12.651/2012, APP é uma área protegida com o objetivo de preservar recursos hídricos, paisagem, estabilidade geológica e biodiversidade, protegendo o solo, a flora e a fauna. São áreas naturais intocáveis, com limites de exploração, em que não é permitida a exploração econômica direta.