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A pouco mais de um mês para a 25ª Expodireto Cotrijal, os hotéis de Não-Me-Toque e Carazinho não têm mais espaços disponíveis para novos hóspedes. A feira é uma das maiores do agronegócio internacional e movimenta milhares de pessoas entre visitantes, expositores e empresários. Neste ano, a feira ocorre entre 10 e 15 de março.
Na última edição, a Expodireto recebeu público de 377 mil visitantes. O movimento traz negócios não só para a cidade, como para toda a Região Norte, e movimenta principalmente o setor hoteleiro, que hospeda quem vem de fora para participar do evento.
Em Não-Me-Toque, os hotéis estão praticamente lotados — há apenas um ou dois quartos disponíveis para os dias da feira. A maioria pertence às pessoas que trabalham na feira, desde a montagem até as refeições, e está reservado desde o ano passado.
Em Carazinho, por sua vez, restam quartos em algumas pousadas. Por lá, a rede hoteleira faz parceria com grandes empresas do agronegócio e deixam os quartos reservados em todas as edições da feira. Desde outubro não há mais vagas.
A empresária Iris Marli Kissmann tem hotéis em Não-Me-Toque e em Carazinho e explica como funciona:
— Normalmente fica em Não-Me-Toque quem vai trabalhar e reserva de um ano para outro. Conosco teremos o pessoal de faz a manutenção do parque. Em princípio está praticamente tudo lotado nas duas cidades, só vai vagar se alguém desistir.
Demanda abre espaço para moradores alugarem casas aos visitantes
Frente a tradicional lotação dos hotéis na cidade, os moradores de Não-Me-Toque também procuram atender à demanda alugando seus próprios imóveis. Vizinha do parque da Expodireto, a cuidadora de idosos Anatiele Herter Pacheco aluga a própria casa para fazer uma renda extra nessa época do ano. Ela e o marido dormem na casa da sogra durante os 15 dias que envolvem a feira.
— Começamos porque apareceram pessoas querendo alugar e tínhamos umas prestações de um carro que queríamos quitar. Testamos, deu certo e seguimos fazendo há três anos. Normalmente hospedamos funcionários de empresas, que pagam aluguel para deixar os funcionários. É um dinheiro extra pra começar o ano — comenta Anatiele.
Tem também quem trabalha fazendo o “meio de campo” entre moradores e quem precisa de acomodação. Bruna Daniele Souza é proprietária de uma agência de casting, que recruta recepcionistas para a feira, e também passou a ajudar nos alugueis. A cada Expodireto ela estima auxiliar no aluguel de cerca de 20 casas.
— Faz uns quatro anos que faço isso. Os proprietários me mandam as fotos das casas, os valores que querem e mostro aos interessados. Faço em Não-Me-Toque, Carazinho e Victor Graeff. A demanda vai até pertinho da feira, de pessoas que procuram de última hora.
Em Passo Fundo, metade dos hotéis ainda têm vagas
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Vizinha de Não-Me-Toque e Carazinho, Passo Fundo também é destino de quem estará na Expodireto. Por aqui, a movimentação ainda é tímida: pelo menos metade dos hotéis ainda têm quartos disponíveis para os dias de feira.
Diferente dos anos anteriores, o setor sentiu uma baixa na procura durante janeiro. De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Passo Fundo, Léo Duro, algumas empresas do nordeste do país haviam reservado quartos, mas cancelaram, abrindo inúmeras vagas:
— Projetávamos um aumento da procura em janeiro, mas não se concretizou. Agora trabalhamos para atender a demanda de quem deixa para alugar de última hora, estamos de braços abertos para receber o público.